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Você já se deparou com uma situação séria e, aparentemente, sem solução?

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Introduzo minha conversa desta forma para explicar, brevemente, o motivo do meu trabalho ser este e não qualquer outro. Eu decidi me tornar quem resolve um dos milhares de problemas insolúveis.

 

Eu trabalho na interface entre alterações sistêmicas e condições orofaciais, em que os desafios e complicações de saúde não alteram o fato de que há uma boca e que ela faz parte do corpo.

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Pois bem. Eu não digo que meu objeto de trabalho foi uma epifania porque profissionalmente nós precisamos de normativas e protocolos antes de fazer acontecer. 

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Mas manejar aquele paciente que é tão difícil de atender, que toma tantos remédios que dá até medo de aplicar uma anestesia, que não consegue se acalmar na cadeira, que não sabe engolir ou escovar os dentes. Mas que tem dor. Que tem necessidade de socializar, sorrir, comer.

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Meu trabalho é o acompanhamento emocionado da transformação na vida de pacientes que não tinham quem lhes atendesse, independente dos honorários oferecidos.

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Eu apresento, portanto, bastante orgulhosa e entusiasmada, meu trabalho de transformar a realidade de quem não é normalmente incluído no plano geral. Eu faço uma odontologia de zelo e cuidado.