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  • Writer's pictureHanna Asatsuma

Você tem medo de dentista?

Você já parou para pensar que o dentista é o único profissional de saúde que realiza procedimentos invasivos com o paciente acordado?

É comum vermos piadas comparando a ida ao dentista com uma sessão de tortura, e muitas vezes os próprios profissionais brincam com a tensão do paciente.

Brincadeiras à parte, a verdade é que muitas pessoas passam anos sem se consultar com o dentista e só criam coragem quando sentem muita dor, e isso não tem graça nenhuma.

Eu diria que isso é uma falha de nós, profissionais que, por algum motivo, com toda a tecnologia, não conseguimos uma coisa básica, barata e acessível: nos colocar no lugar do paciente para lhe oferecer segurança e conforto; conseguir que o paciente confie em nós.

Por vezes, inclusive, faz bem ao dentista sentar na cadeira do paciente e perceber a sensação de vulnerabilidade de não poder usar a boca para reclamar caso o procedimento esteja incomodando. Mais que isso: quando conseguir reclamar, que o dentista não diga: "aguenta, já tá acabando!".

A boa odontologia envolve, também, acolher e ouvir não apenas a queixa orofacial, mas também a história do paciente desde a primeira vez que foi ao dentista. É possível mudar o medo de dentista desde que a abordagem não se inicie na cadeira, na hora de abrir a boca, com puro tecnicismo.

É possível receber o paciente com respeito às suas dores, realizar uma avaliação de histórico e medos, conversar e, quando tudo isso não for suficiente, há tecnologias seguras de controle da ansiedade e do medo.

É possível ao dentista habilitado utilizar sedação no próprio consultório (sempre com manutenção da consciência e monitoramento dos sinais vitais) e garantir que, quando a conversa e acolhimento não forem suficientes (por traumas ou condições atípicas), o paciente conte com técnicas seguras para se acalmar e ter sua ansiedade e dor reduzidas ou suprimidas ao longo de seu atendimento.

Como exemplo de técnica de sedação, há a sedação inalatória com óxido nitroso, em que o paciente se mantém completamente consciente mas experimenta melhora nos sintomas ansiosos e mesmo na percepção de dor!

Com tudo isso, quem sabe você não se permite dar mais uma chance à ida ao dentista?

Informe-se sobre profissionais que priorizam o acolhimento e o conforto do paciente. Eles existem. Isso pode ser feito recebendo indicação de pessoas que você confia, marcando uma avaliação para conhecer a maneira como o dentista trabalha ou até verificando suas redes sociais, verificando os temas que gosta de abordar, a maneira como fala e o que valoriza dentro de suas práticas.

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